ANÁLISE OCEÂNICA E PREVISÕES CLIMÁTICAS - ABRIL 2022
Atualizado: 3 de ago. de 2022
RESFRIAMENTO NO OCEANO PACÍFICO ENFRAQUECE, MAS LA NINÃ DEVE PERSISTIR PELO MENOS ATÉ O FIM DO INVERNO DO HEMISFÉRIO SUL

No último mês o desvio da temperatura das águas superficiais do Oceano Pacifico Equatorial se manteve negativo na maior parte do Oceano Pacífico Equatorial, como mostram as áreas em azul da figura 1, que representa a anomalia média das Temperaturas da Superfície do Mar (TSMs) durante as últimas quatro semanas, de 13 de março e 9 de abril.
O desvio negativo da TSM segue em níveis que continuam caracterizando a La Niña. A classificação deste fenômeno depende da persistência de desvios inferiores a -0,5°C por pelo menos 5 trimestres sobrepostos. Segundo as medições da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), o atual fenômeno La Niña está em vigência desde o trimestre Julho – Agosto – Setembro de 2021.
ENQUANTO O CENTRO E OESTE DO OCEANO PACÍFICO ESFRIOU MAIS, AS ÁREAS AO LESTE APRESENTARAM UMA REDUÇÃO DO RESFRIAMENTO
A área demarcada em vermelho na Figura 1 se subdivide em quatro regiões, que são monitoradas para estudos de fenômenos como El Niño e La Niña, como pode ser observado na figura 2. A tabela apresenta um comparativo entre os índices (desvios da TSM) para cada uma das regiões em 07 de março e 11 de abril de 2022. Nas últimas semanas todos os índices apresentaram muita oscilação. O índice Niño 4, que fica mais a oeste do Pacífico apresentou declínio da TSM de -0,1°C, passando de -0,7°C em março, e agora em abril o desvio foi de -0,8°C.OS índices 3.4 e 3, que ficam na região mais central do oceano apresentaram aumento na TSM de +0,1°C, no entanto ambos ainda permanecem com desvio negativo de -0,9 e -0,7, respectivamente.Já o índice 1+2, que é calculado na porção mais a Leste no Oceano Pacífico, vem apresentando bastante oscilações nos últimos períodos, e na última semanafoi o que sofreu o maior declínio da TSM, de -0.6°C, permanecendo negativo e com um desvio de -1,1°C.

LA NIÑA É FAVORAVEL PARA CONTINUAR DURANTE INVERNO NO HEMISFÉRIO SUL E COM CHANCES EM TORNO DE 50 A 55% PARA PERMANECER ATÉ A PRIMAVERA.
Este mês, a previsão consenso entre os centros norte-americanos IRI (Instituto de Pesquisas Internacionais da Universidade da Columbia) e CPC (Centro de Previsões de Clima do NOAA), atualizada em 14 de abril, continua indicando a persistência do fenômeno La Niña, onde todos os índices permaneceram com desvios negativos de TSM nos últimos períodos e devido também a persistência do acoplamento atmosfera-oceano, que permanece bastante forte para esta época do ano.
A partir do inverno, aqui no Hemisfério Sul, os modelos continuam indicando uma grande incerteza dos modelos de previsões Oceânicas, mas mesmo que tenha uma pequena chance da La Niña não persistir ao longo de todo o inverno, a tendência é que pelo menos o desvio da TSM continue negativo ao longo desta Estação e isso já acarreta em impactos no clima Global. O gráfico da figura 3, que resume a previsão consenso, indica probabilidade de 59% para a persistência da La Niña, representada pelas barras azuis, durante o Inverno do Hemisfério Sul (trimestre junho- julho-agosto de 2022). Depois disso a probabilidade passa a variar entre 50-55% da persistência da La Niña durante a primavera.
Os efeitos da La Niña devem continuar sendo sentidos na distribuição das chuvas e temperaturas aqui no Brasil, tanto no restante do outono como também ao longo do inverno de 2022 e esses efeitos podem ser acompanhados na previsão climática da Zeus Agrotech apresentada a seguir.

PREVISÃO CLIMÁTICA DA ZEUS AGROTECH
AS CHUVAS VOLTAM A FICAR MAIS ESCASSAS SOBRE O SUL DO BRASIL NOS PRÓXIMOS MESES
A seguir são apresentados os mapas da média (ou climatologia) da chuva e a previsão de clima da Zeus para os próximos meses, na forma de desvio da precipitação em relação ao que é esperado para cada mês. As cores representam as regiões onde estão os clientes Zeus. Mais detalhes em relação aos valores das médias e dos desvios estão disponíveis na sua plataforma Zeus.
MAIO
Em maio o tempo seco se intensifica cada vez mais sobre o interior do Brasil. Nas áreas em vermelho da figura 4, a chuva diminui gradativamente e os volumes são bem menores em relação aos meses anteriores. Sobre o norte de MG, interior do Nordeste, partes de GO e TO, nas áreas em branco do mapa, praticamente não chove em maio. Neste mês, as chuvas costumam ser mais frequentes e volumosas em uma faixa do extremo norte do Brasil, que se estende do norte do AM até o norte do MA, nas áreas em azul mais escuro da figura 4, devido a influência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Também chove sobre a faixa leste do Nordeste, onde se tem o início da estação chuvosa. Entre a região Sul e áreas mais ao sul de SP e MS, costuma chover de forma moderada, devido principalmente a passagem de sistemas frontais.
Para maio deste ano, nossas previsões indicam que as chuvas voltam a ocorrer de forma irregular e com volumes abaixo da média sobre a região Sul. Essa condição ainda deve persistir, por causa do prolongamento do fenômeno La Niña, que tem por característica enfraquecer os sistemas meteorológicos sobre a região Sul. Há previsão para chuvas abaixo da média também sobre o Sudeste, MS, sobre o extremo sul de MS, leste de GO, extremo sul do TO e oeste da BA, como mostram as áreas em amarelo da figura 5. Por outro lado, o fenômeno La Niña tem por característica intensificar as instabilidades entre o Norte e o Nordeste e com isso a ZCIT deve continuar bastante ativa sobre a faixa norte do Brasil e as nossas previsões indicam, inclusive, chuvas acima da média para o mês sobre partes do Matopiba e do PA, como mostram as áreas em azul do mapa. Nas demais áreas do Brasil, em tons de verde, a expectativa é de normalidade da precipitação.


JUNHO
Junho é marcado pelo início do inverno e é um dos meses mais secos sobre o interior do Brasil. Nas áreas em branco da figura 6, entre MT, GO, MG, sul do PA e interior do Matopiba, os episódios de chuvas se tornam cada vez mais escassos. Também costuma chover muito pouco nas áreas em vermelho do mapa. As chuvas são mais volumosas sobre o extremo norte do Brasil, entre o norte do AM, RR, norte do PR e AP e também sobre a faixa leste do Nordeste. Na região Sul, os volumes costumam ser moderados e o frio aumenta cada vez mais. Em junho o risco de geada é maior sobre áreas produtoras da região Sul, devido ao avanço de massas de ar frio mais intensas. O ar frio costuma avançar mais também sobre o Sudeste e o Centro-oeste.
Para junho deste ano, a expectativa é de tempo mais úmido do que o normal sobre parte do Matopiba, como mostram as áreas em azul da figura 7. Em áreas entre o TO, sul do MA e sul do PA, onde costuma chover muito pouco nesta época, um episódio de chuva pode ser suficiente para superar a média do mês. As chuvas tendem a ficar abaixo da média nas áreas em amarelo do mapa entre o ES, norte de MG, norte de GO, extremo sul do TO e oeste da BA, onde quase não chove nesta época, o que significa que o tempo será bastante seco. Previsão de tempo bastante seco também sobre MT e RO e as chuvas devem ser escassas ainda sobre MS, SP e norte do PR. Já em grande parte do interior da região Sul, o mês de junho deve ser marcado por chuvas regulares e dentro da média, o que deve beneficiar as culturas de inverno. Previsão de normalidade também nas áreas em verde da figura 7 entre o Sudeste, Centro-Oeste e parte do Matopiba, lembrando que nestas áreas o normal para junho é pouquíssima chuva.


JULHO
Em julho as áreas de tempo seco se expandem ainda mais pelo interior do Brasil, como mostra a mancha em branco da figura 8, que cobre o interior Nordestino, as áreas mais ao sul da região Norte e grande parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste. Neste mês as chuvas costumam ser mais expressivas entre o norte do AM, RR, norte do PA e no AP, como mostram as áreas em tons de amarelo claro e azul da figura 8, que representam um volume médio mensal entre 150 e mais de 300 mm, respectivamente. As chuvas continuam expressivas também sobre a faixa leste do Nordeste, devido a influência de um fenômeno meteorológico bem conhecido nesta época do ano na região, as Ondas de Leste. Esse fenômeno é caracterizado por ondas, que se propagam na circulação atmosférica sobre o Oceano Atlântico, contra a costa Nordestina e provocam um acúmulo de instabilidades especialmente sobre as áreas litorâneas. Nas áreas mais ao sul do País as chuvas costumam ter volumes moderados sobre a região sul e no sul de MS e de SP.
Para julho de 2022, nossas previsões indicam que as chuvas, assim como no mês anterior, devem ser regulares sobre o Sul do País. O que pode ser um sinal da desintensificação do fenômeno La Niña durante o inverno. Na maior parte do interior do Brasil, onde não costuma chover, a expectativa também é condições dentro da normalidade. As chuvas tendem a ser mais volumosas e acima da média na faixa norte do PA, do MA, do PI e do CE, como mostram as áreas em azul da figura 9. Também pode chover acima da média sobre a faixa leste do Nordeste e nesta região volumes acima do normal indicam risco para fortes tempestades e até mesmo para transtornos, porque nesta época já costuma chover de forma expressiva nesta área.


TENDÊNCIA DE TEMPERATURA PARA OS PRÓXIMOS 3 MESES
TEMPERATURA MÍNIMA
Os mapas a seguir apresentam a média das temperaturas mínimas e máximas para os próximos três meses. Nestes mapas, os extremos podem estar mascarados, mas ainda assim observa-se o padrão médio de comportamento das temperaturas.
Neste ano, devido a influência do fenômeno La Niña, durante a transição do outono para o inverno, existe o risco para ocorrência de ondas de frio mais intensas e mais cedo do que o normal, porque esse fenômeno tem por característica deixar a atmosfera mais fria nessa época do ano. Para maio, as temperaturas mais baixas devem ficar concentradas sobre o interior da região Sul, especialmente nas áreas em azul mais claro da figura 10, que cobrem as regiões Serranas e a fronteira do RS com o Uruguai. Durante este mês o risco para ocorrência de geadas aumenta sobre o Sul do País, inclusive, em algumas áreas produtoras. As temperaturas também ficam mais baixas em partes do Sudeste e do Centro-Oeste, nas áreas em tons de azul e verde mais escuro do mapa, devido ao eventual avanço de massas de ar de origem polar sobre essas regiões. No entanto, nestas regiões o risco para extremos de temperatura mínima em maio é menor. As temperaturas devem baixar um pouco mais também sobre as áreas mais ao sul da região norte, especialmente entre Rondônia e Acre, como mostram as áreas em tons de verde escuro do mapa. Nestas regiões, quando ocorre o avanço de massa de ar frio, o fenômeno é conhecido como friagem.
Em junho, o frio aumenta significativamente sobre a região Sul. Como se observa na figura 11, as áreas esbranquiçadas, que representam as temperaturas mais baixas, se tornam mais abrangentes. O risco para ocorrência de geadas neste mês se torna maior sobre a região. O frio deve aumentar ainda entre o Sudeste e MS. Inclusive nestas regiões também aumenta o risco para episódios de geada. As áreas em tons de verde mais escuro se tornam mais abrangentes sobre interior do centro-oeste nas áreas mais ao sul da região norte, indicando que nestas áreas também são esperados declínios mais acentuados da temperatura durante o mês de junho.
Em julho as previsões não indicação uma média de temperaturas tão baixas como em junho sobre o centro-sul do País. As temperaturas mais baixas voltam a ficar concentradas sobre o interior da região Sul, especialmente em regiões serranas entre SC e RS, no Planalto paranaense e sobre as regiões Serranas do Sudeste.
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TEMPERATURA MÁXIMA
Em maio, figura 13, assim como as temperaturas mínimas, as temperaturas máximas devem ficar mais baixas sobre o Sul do Brasil, onde as massas de ar frio devem ser mais frequentes e atuantes, como mostram as áreas em verde da figura 13. As temperaturas ficam mais baixas também sobre a faixa leste do Sudeste e extremo sul de MS. Já em grande parte do interior do Brasil, com a intensificação do tempo seco, as temperaturas devem ficar elevadas durante as tardes, principalmente nas áreas em tons de laranja da figura 13.
Em junho, figura 14, as temperaturas máximas diminuem sobre toda a metade sul do Brasil, como mostram as áreas em tons de verde e azul do mapa, que representam as temperaturas mais baixas. Na região Sul, nas áreas em azul esbranquiçado, são esperadas as temperaturas máximas mais baixas. Na metade norte do País o tempo segue abafado e as temperaturas mais altas devem ser registradas sobre o interior do Matopiba, como mostram as áreas em laranja da figura 14.
Em julho, figura 15, as temperaturas máximas mais baixas estão previstas para a região Sul, extremo sul de MS, sobre o Sudeste e faixa leste do Nordeste. No entanto, em relação a junho as temperaturas máximas devem ficar, na média, um pouco mais elevadas sobre a metade Sul do Brasil. Neste mês são esperadas temperaturas mais elevadas, em relação aos meses anteriores, sobre o centro-norte do País.

DESTAQUES AGRONÔNICOS
SOJA: COLHEITA NO PARANÁ CHEGA A 94% DA ÁREA
A colheita de soja do Paraná atingiu 94% da área cultivada no Estado na temporada 2021/22, avanço de seis pontos percentuais na comparação com a semana anterior, informou nesta terça-feira (13) o Departamento de Economia Rural (Deral). Após a colheita das áreas mais afetadas pela seca o estado passou a contar com 66% das lavouras em boas condições. Já em relação ao milho safrinha o plantio já foi concluído, sendo que 97% dos campos estão em boas condições segundo o Deral. Com as boas chuvas na região, cerca de 10% das áreas cultivadas com o cereal estão em fase de frutificação. O plantio do trigo no estado também já foi iniciado, mas o Deral ainda não registra um índice para o Estado todo.
Fonte: Reuters; Deral.
MT: 20,4% da nova safra de soja já foi vendida segundo Imea
A comercialização antecipada da próxima safra de soja de Mato Grosso 2022/23 atingiu 20,38%, situando-se à frente da média histórica para o período de 13,77%, informou nesta segunda-feira o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O avanço foi de 4% em relação ao mês de março. No mesmo período de 2021 as vendas da safra futura do principal estado produtor da oleaginosa no Brasil estavam mais aceleradas, em 24,76%.
As vendas da safra atual de soja no Mato Grosso atingiram 67,84% da colheita projetada, abaixo da média histórica de 72,45%, com um avanço de 6,5 pontos percentuais ante março.
Com o final da colheita, em determinadas regiões os preços têm recuado, as cotações da soja registraram baixa na parcial de abril, conforme indicam dados do Cepea. Entre 31 de março e 8 de abril, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ – Paraná cederam 1,14% e 0,78%, com respectivos fechamentos de R$ 184,13 e de R$ 180,90/saca de 60 kg na sexta-feira, 8. Segundo pesquisadores do Cepea, o recuo esteve atrelado à oscilação cambial, à finalização da colheita no País e à menor demanda pela oleaginosa brasileira. No entanto, as baixas foram limitadas pelas recentes chuvas no Sul do Brasil (que estão prejudicando a colheita), pelos reajustes de oferta e demanda realizados pela Conab e pela retração vendedora.
Fonte: Imea; Cepea; Notícias Agrícolas.
MILHO
QUERENCIA-MT PRECISA DE NOVAS CHUVAS PARA MANTER POTENCIAL PRODUTIVO
Segundo produtores da região, as primeiras lavouras de milho semeadas em Querência-MT já passaram da fase de pendoamento, mas a maior parte das áreas se encontra no início da fase de enchimento de grãos, precisando assim de novas precipitações para manter o seu potencial produtivo.
A planta passar por está fase crítica sem sofrer com os parâmetros climáticos é crucial para garantir um bom potencial produtivo, por isso um período sem chuvas vivido na região já começa a preocupar os agricultores.
“Olhando para o mercado futuro alguns produtores fecharam negócios com valores entre R$ 75,00 e R$ 78,00 a saca, mas nas cotações atuais os valores pagos já recuaram para R$ 60,00 ou R$ 62,00 a saca, preços que ainda podem cobrir a safra atual, mas que podem ser considerados baixos tendo em vista os custos elevados que se apresentam para o próximo ciclo 2022/23”, concluiu o produtor Ormar Frizzo em entrevista ao Notícias Agrícolas.
Fonte: Notícias Agrícolas
ALGODÃO
É DADA A LARGADA PARA A COLHEITA DO ALGODÃO NA BAHIA
As colhedoras de algodão já começaram a trabalhar nas lavouras da região Sudoeste da Bahia. A conclusão do ciclo veio um pouco antes do esperado, pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), graças ao clima. As chuvas ajudaram no desenvolvimento da safra e pararam antes do esperado, favorecendo o início da colheita. O Sudoeste do estado responde por 5,94 mil hectares, do total de 307,65 mil ocupados por este cultivo na Bahia. A associação acredita que tanto produção quanto produtividade serão boas na safra 2021/2022.
De acordo com o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, a manutenção e o fortalecimento da cotonicultura na região Sudoeste, que concentra municípios tradicionais como Guanambi e os situados no Vale do Iuiú, é uma das prioridades da Abapa.
O coordenador do Programa Fitossanitário da Abapa, Antônio Carlos Araújo, acrescenta que todos os municípios desta zona geográfica estão cobertos pela orientação técnica e monitoramento conferidos pela entidade, no escopo do programa e seus 18 núcleos estaduais.
“Acompanhamos muito de perto o desenvolvimento da lavoura e monitoramos a ocorrência de pragas. Na safra que começa a ser colhida os índices de pragas, como o bicudo-do-algodoeiro, e doenças estão baixos, e podemos antever que será um ciclo bom para a região”, conclui Araújo.
Fonte: Abapa

UNICA: CENTRO-SUL FINALIZA O CICLO 2021/22
PARA A CANA-DE-AÇÚCAR
A moagem acumulada da safra 2021/22 atingiu a marca de 523,11 milhões de toneladas, encerrando o ciclo agrícola com retração de 13,6% frente à safra 2020/21.
O estado de São Paulo corresponde à maior retração registrada na região Centro-Sul, em que a queda em relação ao ciclo agrícola anterior foi de 16,50%. Desse percentual, 1,38% são referentes à redução da área colhida e 15,12% à queda de produtividade da lavoura”, afirma o diretor técnico da Unica, Antônio de Pádua Rodrigues em entrevista ao Nova Cana, que acrescenta: “Essa redução na produtividade é consequência do veranico prolongado nas regiões produtoras, das geadas que atingiram mais de 10% da área de colheita e dos focos de incêndio no mês de setembro”.
A produção acumulada de etanol atingiu 27,55 bilhões de litros (-9,31%). Compõe esse número a fabricação de 10,91 bilhões de litros de etanol anidro (+12,57%) e 16,64 bilhões de litros de etanol hidratado (-19,55%). A parcela do produto fabricada a partir do milho totalizou 3,47 bilhões de litros, com avanço de 34,33% em relação à safra 2020/21. Se considerada apenas a produção de etanol de cana-de-açúcar a redução foi de 13,36% em relação à safra 2020/21.
Quanto à produção de açúcar, a safra 2021/22 se encerra com 32,06 milhões de toneladas fabricadas do adoçante, -16,64% em relação ao ciclo anterior.
Fonte: Única; Nova Cana
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ZEUS AGROTECH DE ABRIL/22
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Fonte das informações agrícolas: Reuters; Deral; Imea; Cepea; Notícias Agrícolas; Abapa; Unica; Nova Cana.
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